Ano foi decisivo para consolidação dos eixos estratégicos da organização
Em 2022, o Instituto de Referência Negra Peregum fortaleceu importantes iniciativas junto à população negra e periférica e movimentos sociais com foco em justiça e igualdade racial, como por exemplo, a Uneafro Brasil, rede de cursinhos populares que atuam pelo ingresso da juventude negra e periférica nas Universidades do Brasil, e a Coalizão Negra por Direitos, uma rede de mais de 250 organizações do movimento negro, sempre ao lado da sociedade civil organizada e com atuação nos três níveis de governo, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
A atuação de Peregum se concentrou na luta por engajar a população negra e periférica no acesso a políticas públicas e direitos essenciais previstos pela Constituição, na incidência pela vida da juventude negra junto ao poder judiciário, na formação de novas lideranças e em estratégias de inserção para garantir a representatividade de lideranças negras comprometidas com as transformações pautadas pelo movimento social negro na política institucional e nas práticas de cuidado psicossocial para com militantes e população negra de forma integral.
A luta pelo fim do racismo ambiental, pela vida e bem-viver dos povos quilombolas e indígenas e por cidades antirracistas também foram centrais para as ações de Peregum, que também teve uma ampla participação no apoio de candidaturas antirracistas.
O ano de 2022 foi marcado pela consolidação dos quatro eixos estratégicos do Instituto: Educação Popular, Incidência Política e Litigância Estratégica, Clima e Cidade e Proteção e Cuidado. A partir das diretorias, foram pensadas ações intersetoriais e de incidência política, de forma a trabalhar um dos principais fundamentos na luta por uma sociedade antirracista: práticas pautadas pela interseccionalidade, com um olhar transversal sobre a desigualdade.
“Esses esforços foram feitos em conjunto com outras organizações do movimento negro. Em alguns casos, utilizamos a via jurídica, como na ADPF pelas Vidas Negras, por meio da qual exigimos, junto com outros movimentos, políticas específicas para combater a mortandade desproporcional de pessoas negras por ação ou omissão do Estado”, conta Vanessa Nascimento.
Transparência
Durante o ano, a organização investiu cerca de 5 milhões, em 37 projetos e ações, que incluem projetos de formação e pesquisa, educação, atendimento psicossocial, construção de campanhas, doações de alimentos, articulação com redes do movimento negro a mecanismos internacionais de defesa dos Direitos Humanos, participação e organização de eventos e seminários, apoio jurídico as ações e lutas essenciais aos movimentos e muitos outros.
Ações que foram possíveis com o envolvimento de muitos parceiros, uma construção em rede com organizações da sociedade civil, movimentos sociais, voluntários e prestadores de serviço. Além de representantes do poder público nacional e internacional que acolheram as reivindicações e se aliaram na defesa da vida em seu mais amplo sentido.
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