Organização resgata o histórico da data que visa celebrar a voz e o valor das mulheres negras enquanto sujeitas políticas no Brasil
Em celebração ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, nós, do Instituto de Referência Negra Peregum reunimos nossa frente de trabalho composta majoritariamente por mulheres negras para enaltecer e compartilhar as histórias de vida e luta das integrantes que compõem a organização.
O Julho das Pretas movimenta uma série de ações de incidência política e uma agenda conjunta e propositiva com organizações e movimento de mulheres negras do Brasil, voltando-se para o fortalecimento da ação coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade.
Nós promovemos um acolhimento do que representa ser uma mulher negra na sociedade brasileira, um abre caminhos, uma celebração da jornada individual de cada uma e daquilo que as conecta com a luta por justiça social e por uma sociedade livre do racismo.
Para Vanessa Nascimento, diretora executiva da organização, este momento firma o compromisso coletivo com o fortalecimento de lideranças de mulheres negras que, a partir da escuta, cuidado e dedicação, reafirmaram a responsabilidade com a luta antirracista.
“A existência de tantas mulheres negras nas frentes de atuação do nosso Instituto se relaciona diretamente com a nossa missão, que é servir como uma organização comprometida com os movimentos sociais negros e com a transformação social a partir de uma agenda de justiça e reparação ao povo negro e periférico”, explica Vanessa.
No encontro da beleza e das dores de cada história, das gerações entrecruzando lutas e das oportunidades que se propõe semear para os que vierem depois…
… o que faz com que essas mulheres estejam e permaneçam em Peregum?
Adriana Rodrigues | Coordenadora de Programas
“Acredito no objetivo da atuação em incidência política e na perspectiva de provocar, elaborar e acompanhar políticas públicas voltadas à população negra”.
Ágatha de Miranda | Consultora
“Aprendizagens, possibilidades de construir caminhos de transformação com autonomia e criatividade”.
Beatriz Lourenço | Diretora de Incidência Política
“Entre as coisas que me fazem estar em Peregum é a possibilidade de consolidar o instituto como um instrumento de luta do nosso povo, que fortaleça os movimentos sociais negros e que garanta avanços concretos na radicalização de democracia brasileira”.
Alice de Carvalho | Coordenadora de Comunicação
“A possibilidade de construir coletivamente uma ideário de mundo que se encontra com a luta dos movimentos negros e a certeza de caminhar junto aos meus sonhos”.
Camila Ribeiro | Designer Gráfica
“Poder colaborar com pautas tão importantes e me desenvolver profissionalmente”.
Cátia Cipriano | Diretora da área de Proteção e Cuidado
“Pela minha trajetória e compromisso com as pautas raciais”.
Gisele Brito | Coordenadora da área de Direito a Cidades Antirracistas
“Peregum é a oportunidade de juntar perspectivas profissionais com convicções políticas”.
Ingrid Sampaio | Coordenadora de Advocacy
“O que me faz estar e continuar em Peregum é acreditar que, se há alguma esperança de melhora para a sociedade em que vivemos, ela começa pela busca de um bem comum através da igualdade étnico-racial e de gênero”.
Izabella Gomes | Atua no âmbito pedagógico do Programa Esperança Garcia e na Diretoria de Incidência Política e Litígio Estratégico
“Para eu estar e continuar em qualquer espaço implica me sentir desafiada, entender e acreditar no propósito e finalidade da atuação”.
Jéssica Ferreira | Coordenadora de Programas
“Dividir a trajetória com pessoas que acreditam, trabalham e lutam pela construção de um mundo onde a memória e a vida do nosso povo é a prioridade”.
Mariana Andrade | Coordenadora de Advocacy
“Porque eu acredito, de fato, que Peregum pode ser a ferramenta necessária para alcançar nossos ideais utópicos (no sentido político, não popular) de construção de uma nova sociedade livre de toda opressão com melhores condições para o nosso povo. Continuo aqui porque não caberia em lugares que sonham pequeno, continuo porque preciso de lugares e pessoas que sonham grande e lutam de forma incansável. Fico porque nossos valores, visão e missão são semelhantes e porque meu sonho é ver Peregum chegando no ápice de toda a sua potencialidade”.
Mariana Maia | Captadora de Recursos
“O que me faz estar e continuar a trabalhar em Peregum é, sem dúvida, minha profunda crença nas lutas e causas que o Instituto defende. A ação de Peregum está alinhada com valores pessoais que considero fundamentais, como a promoção da igualdade racial e a inclusão social. Trabalhar em um ambiente onde a maioria das colaboradoras são mulheres, especialmente mulheres negras, é extremamente significativo para mim. A presença de mulheres negras em posições de liderança dentro do Instituto é uma fonte constante de inspiração e força, reforçando minha crença na importância da representatividade. Isso torna tangível para mim a visão de um mundo ideal, onde essa transformação – mulheres negras ocupando espaços de poder, é possível e realizável”.
Mayara Nunes | Jornalista
“A causa, o propósito, os eixos, as pessoas, a vida do nosso povo que é defendida por um galera de máxima excelência, ocupando espaços importantes e levantando a voz, acredito em Peregum enquanto organização do povo negro e periférico e sei que a gente tem uma lógica própria diferente de outros espaços e essa é a maior riqueza”.
Sara de Mello | Financeiro
“Gosto do que faço, gosto do ambiente e da luta do Instituto”.
Selma Pereira | Secretária Executiva
“Gosto do trabalho e me identifico com a organização, onde a missão é fortalecer a população negra e periférica. Os eixos do Instituto são muito importantes para a sociedade e para mim, porque me fazem me identificar com a minha origem”.
Sofia Costa | Comunicação Advocacy
“Acreditar na missão. Acredito na importância do Instituto e do cuidado que ele tem para nossos irmãos e irmãs, estar em Peregum tem me ensinado acolhimento e a possibilidade de construir um futuro para os que virão, lutar para viver no presente com os que estão aqui”.
Stephanie Felicio | Administradora de Programas
“As mulheres. O poder de transformação que, a partir das organizações delas, vem construindo grandes possibilidades para a população negra. É um sonho de criança sendo realizado. Dedicar tempo (de trabalho também) para construções em prol da população negra enquanto aprendo sobre o fazer coletivo e a pluralidade de cada indivíduo”.
Sulamita Jesus | Psicóloga
“Perspectiva de referência negra”.
Vanessa Nascimento | Diretora Executiva
“A existência de tantas mulheres negras nas frentes de atuação do nosso Instituto se relaciona diretamente com a nossa missão, de servir como uma organização comprometida com a atuação dos movimentos sociais negros e com a transformação social a partir de uma agenda de justiça e reparação ao povo negro e periférico”.